segunda-feira, 30 de maio de 2011

Já notou?




Já notou como são belos os prédios do centro de Porto Alegre?
Já notou a infinidade de recursos que eles possuem para agradar aos nossos olhos?
Já notou como as pessoas que projetaram cada espacinho daqueles lugares penaram para fazer algo bonito, elegante e atrativo aos olhos?

Pois é, certamente você nunca notou nem metade das maravilhas que se "escondem" dos nossos olhos na nossa própria cidade, em um lugar tão comum, tão utilizado...

Com toda a circulação de pessoas, toda a pressa, todo o mundo para cima e para baixo e sequer mandam um mísero comando para seus cérebros virarem um pouco que seja seus pescoços para admirar o que com tanto trabalho foi feito para agradar justamente a essa gente que tanto ignora.

Tornemos nossa cidade visível!
Olhemos um pouco além da nossa visão periférica!
Valorizemos o grande esforço, satisfaçamos o mero desejo de algum arquiteto, que era apenas alegrar a vida dos transeuntes.

A gente vê na televisão tantos lugares que gostaríamos de conhecer, exuberantes, e no fim não paramos para pensar que temos lugares assim na nossa própria Porto Alegre, basta abrirmos os olhos e enxergarmos o que não está lá para ser invisível.

A NOSSA CIDADE É LIN-DA!



Não reparem, esse é o primeiro protesto de muitos de uma futura arquiteta.
Beijoss.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Os Malabares



A cada ponto de vista

Um historiador.

Paro-foco-flash!

Uma nova visão já esclarecida.



Par de risadas,

Esquadrias e vãos.

Não estou parada

Na imensidão.



Um malabarista

De malabar só;

No meio da avenida

Se mistura ao pó.



O gato gigante,

Ao olhar, astuciosamente,

Em meio da avenida

Não vê carros, só vê gente.



Quero olhar como ele:

Focar, focar, dar zoom, ver pela lente.

Isto? Mero aparato.

Meu olhar? Reluzente.



A vida, sinfonia de gestos,

Como o malabar.

Devemos prestigiar o vai-vem

Que volta sem ao menos partir.



Paremos para apreciar

A beleza, arte da vida.

Os pequenos gestos,

Um andar,

São os instrumentos

Menos populares

Escolhidos pelo regente,

E que podem também

Serem responsáveis

Pelo ritmo tamborilante

Que alegra os corações.



Incessável, inaudível.

A orquestra da vida

Toca silenciosamente

Para quem estiver disposto a parar

E apreciar

Os incessantes malabares

No meio da avenida.



-Não deixe-os parar.

domingo, 15 de maio de 2011

Ainda hoje descubro
O porquê das coisas;
Ainda hoje descubro
O porquê de Deus.

Um dia Ele me disse,
Em meus pensamentos,
Que quem o segredo da vida
Quiser saber,
E tentar sabê-lo;
Correrá contra o tempo,
Subirá nas altas e íngremes
Montanhas sinuosas,
Nadará com os tubarões.

Após ver
Que já desenvolvemos tecnologias
Para tudo ou quase, continuou:
"-E, mesmo assim, isso de nada adiantará,
"Pois a curiosidade só os acentua mortais,
"E estes não deterão jamais
"Do dom de saber da vida."

Então eu acordei.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Corações e a Lua

Acredito no romance,
No brilho do olho.
Acredito no empasse
Vem jogo, vai jogo.

O brega e o bonito,
As mãos e o infinito.

Quando tocam-se os corações
Esquece-se as emoções,
Transportam-se as ilusões
Para depois do firmamento.

Minha visão noturna
Varre o céu em busca da Lua.
Quando finalmente a face inerte
Projeta-se em direção do rosto triste,
Ouve-se fogos de artifício.
"Cabum!" "Splashh!" Deve ser o novo ano.
Ou é apenas o jeito
De meu espremido coração
Dizer que está,
Antes de tudo,
Feliz.