sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Anjo
Bradando doces palavras acima do penhasco da morte, eis que encontro um homem, prestes a cair. Grito sob a alvorada:
-Não vai, resiste!
E ouço palavras ainda mais belas.
Um passo a frente foi o que vi, encostando aquele ser à ponta do abismo, vocifero novamente:
-Fica aí, ou volta!
E um silêncio exorbitante de instantâneo invadiu aquele cenário, cuidadosamente saturado em tons de verde, rosa e azul. Meu peito inflou-se de medo.
Até os pássaros pararam de cantar, o vento parou de soprar e, naquele instante, vejo aquele homem tão insano, de montanha-acima, pousado em minha frente; sóbrio, intacto. Levou-me pela mão até o início da pradaria, trançou em meus cabelos margaridas e, com sua doce voz, pediu-me que fechasse os olhos.
O fiz, e nesse momento senti o mundo girar sob meus pés, e o canto sublime das aves cada vez aproximava-se mais, unindo-se à leve brisa em meu rosto. Quando resolvi finalmente abrir as pálpebras, estou no lugar mais lindo do mundo, cercada de espécies raras e com a vista mais encantadora. Ao meu lado, nada. Viro-me incessante para todas as direções, a fim de encontrar aquele ser celestial que me guiava insensivelmente.
Uso de grande esforço para tentar encontrá-lo em meio à paisagem bela, mas a certeza me diz que ele já integrou-se a ela; orgânico, mortal. Anjo meu, foi tudo um sonho ou perdeu-te de mim? Esperar-te-ei até minha morte, quando nossas asas entrelaçar-se-ão no fim do horizonte.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Que é amor?
Clandestino, vem de se esconder.
Ferida que arde, escondida, profana;
Angústia que cala
No véu transcedente.
Amor, quatro letras distintas,
Quatro sonhos inibidos,
Mil e uma fronteiras
A se ultrapassar.
Amor, sonho sonho contigo
Dia claro, escondido;
A inspirar, palpitar.
Até a astrologia libertar-me
Das estrelas que envolviam
Meu pobre coração,
Não sabia o que fazer.
Um bater tão forte
Rompeu as grades
Que um dia qualquer
Encobriram tanta luz
E hoje, estrelas-minhas,
Trazem de volta o que me foi tirado
Irreverente, tão inesperado.
Ah, meu amor, me dói tanto
Sentir o peito rápido pulsar
Que até o respirar me afoga o pranto
De apenas tê-lo.
Diga-me se isso é amar.
domingo, 18 de setembro de 2011
Primavera
Aromas de todos os tipos,
Orquestra de pássaros a encantar.
O acalento nos raios do sol,
Um sorriso inocente e só,
Um girassol a desabrochar.
Demetre com seus encantos
Trazendo a felicidade à tona,
Resplandece-nos do puro manto,
Eclode a primavera.
Escondida por longos meses,
À espera do orvalho quente,
Enfim brota da terra,
Do céu, da imensidão do mar,
A estação mais pura e bela
Que rege todas as infâncias
E ilumina toda a existência;
Trazendo alegria
E dissolvendo o pesar.
Depois de uma noite cálida,
Inverno sombrio, tenebroso,
Inundam as almas os raios de sol
E eliminam o manto escuro
Que encobria os sentimentos.
O amor sobrevoa
Os caminhos tortuosos
E abre os corações
Para a melhor época de amar.
Primavera; ah, seus encantos!
Ballet de sonhos cantantes,
Acaricia-me com sua austera brisa
E deixa-me crer em sua eternidade;
Pois, enquanto permanente,
De ti, só serei feliz.
sábado, 10 de setembro de 2011
Somente você
Insana, demente confusão.
Coração acelerado
Fugindo da razão.
Um acaso falciforme
Que encheu vias de dúvidas;
Uma vida, duas, quiçá todas elas
Revertidas após
Uma troca de olhares.
O broto do solo infértil
Progrediu em flor.
Um coração petrificado
Ganhou formato e cor.
De que vale
Toda tecnologia do mundo..?
...Se o que precisamos
É a presença um do outro.
De que vale
Tanta energia a iluminar..?
...Se quando estamos de mãos dadas,
Qualquer caminho incerto
É o caminho mais correto
Para chegar a qualquer lugar
Que luz alguma mostraria.
Atravessando o arco-íris
Ou nadando em lavas flamejantes,
Tanto faz.
Desde que ao seu lado
Eu possa realmente haver;
Sem se importar
Onde realmente
Algum dia
Vamos quiçá chegar.
Porque
O que realmente importa
Não é o fim da linha,
E sim a maestria dos passos;
O caminho a chegar.
Não me canso de andar.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Tudo o que eu sempre quis dizer
Posso ser nova, inexperiente, posso não saber de todas as coisas, mas sei o que me é suficiente... por enquanto. Um resumo de tudo o que eu quis falar nesses meus 17 anos de vida (fato, apesar de ter amado e me identificado com a letra, não gostei do ritmo e não conheço a banda)
24 - Switchfoot
Twenty-four oceans
Twenty-four skies
Twenty-four failures
And twenty-four tries
Twenty-four finds me
In twenty-fourth place
With twenty-four drop outs
At the end of the day
Life is not what I thought it was
Twenty-four hours ago
Still I'm singing 'Spirit,take me up in arms with you'
And I'm not who I thought I was
Twenty-four hours ago
Still I'm singing 'Spirit,take me up in arms with you'
There's twenty-four reasons
To admit that I'm wrong
With all my excuses
Still twenty-four strong
See, I'm not copping out
Not copping out
Not copping out
When you're raising the dead in me
Oh, oh
I am the second man
Oh, ohI am the second man now
Oh, I am the second man now
And you're raising these...
Twenty-four voices
With twenty-four hearts
All of my symphonies
In twenty-four parts
But I want to be one today
Centered and true
I'm singing 'Spirit take me up in arms with you'
You're raising the dead in me
Oh, oh
I am the second man
Oh, ohI am the second man now
OhI am the second man now
And you're raising the dead in me
Yeah
I wanna see miracles
To see the world change
Wrestled the angel for more than a name
For more than a feeling
For more than a causeI'm singing 'Spirit, take me up in arms with you'
And you're raising the dead in me
Twenty-four oceans
With twenty-four hearts
All of my symphonies
With twenty-four parts
Life is not what I thought it was
Twenty-four hours ago
Still I'm singing 'Spirit,take me up in arms with you'
I'm not copping out
Not copping out