O silêncio
Da minha infância
Submetido
A um embalar.
Um som,
Um cheiro sublime,
Um respaldar.
Em meio à tarde quente,
Pássaros cantam
Um ressoar.
Um aviso
Alertando o fim.
Nuvens de todas as cores
Ressaltam a mesma emoção;
Uma singela, bonita lembrança,
Transpondo o embalar da razão.
O que há,
Regressar desse jeito,
Recordar aromas, cores, sons?
Talvez meu mundinho perfeito,
Talvez o cair da casca,
Mostrando na carne vibrante
Veementes sonhos bons.
Minha infância
Em esplendor
Agindo em mim.
O cantar
Cheio de dor
Inebria o fim.
Todas aquelas lembranças,
Talvez nenhuma,
Embaladas em um ninar.
O sarcasmo finalmente
Mutou-se em totem.
Regressei a despertar.
Lindooooo Ô/
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