segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O respaldar da infância



O silêncio

Da minha infância

Submetido

A um embalar.


Um som,

Um cheiro sublime,

Um respaldar.



Em meio à tarde quente,

Pássaros cantam

Um ressoar.

Um aviso

Alertando o fim.



Nuvens de todas as cores

Ressaltam a mesma emoção;

Uma singela, bonita lembrança,

Transpondo o embalar da razão.



O que há,

Regressar desse jeito,

Recordar aromas, cores, sons?

Talvez meu mundinho perfeito,

Talvez o cair da casca,

Mostrando na carne vibrante

Veementes sonhos bons.



Minha infância

Em esplendor

Agindo em mim.

O cantar

Cheio de dor

Inebria o fim.



Todas aquelas lembranças,

Talvez nenhuma,

Embaladas em um ninar.

O sarcasmo finalmente

Mutou-se em totem.

Regressei a despertar.

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