domingo, 9 de outubro de 2011

Utopias...


Não quero amanhecer de uma vez só.
Quero olhar a praia,
Os lírios, jasmins.
Quero seguir o ritmo,
Clarear em tom marfim.

Não apenas conhecer continentes,
Ir mais fundo, ganhar cor.
Velejar os mil mares,
Fulgurar um belo amor.

Quimeras, medusas: abissais.
Logo após o rio,
Indelével, absinto,
Jaz um herói fugaz.
Embebido de tanto amor
Por um belo lobo
Enrustido em cordeiro,
Que abstem-se em seu leito
Robusto em furor.

Pego eu, meu cajado,
Encantado por magia,
Ergo-o ao colorido céu
E cravo-o neste mundo encantado.

Com angústia acordo, atônita,
Prevendo um triste fim.
Viro-me, cabisbaixa,
E o que vejo?
Tudo em marfim.

Enfim este conto cessou,
Cerrou fundo em mim.
Ao invés de exterminá-lo,
Entrei nele, fundi-me enfim.

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