quinta-feira, 1 de março de 2012

Penso naquela tarde de outono.
A brisa morna,
Folhas amarelas,
Seu sorriso brilhante.

O cabelo que desarrumou,
Aquela dancinha que nos levou ao chão,
O sol batendo em seu nariz
E o céu azul refletido nos meus olhos,
Diafanando a camada espessa
Que insiste incobrir desejos meus.

Contigo naquele momento,
Permaneço onde sempre quis.
Campo aberto, dia comum,
Brisa e sol.
Echarpe ao vento
Corpos enleados
Bocas que se tocam.

Noite cai, trazendo o frio
E as nuvens que anunciam breu total.
Ainda estamos ali,
Fogueira que nos aquece
Consiste em dois corpos carcomidos
Tão radiantes em um passado qualquer,
Agora ali: raízes entrelaçadas,
Unidas à espera do astro-luz
Para devolver-lhes a vida
Em um novo raio de esperança
Que liga dois corações.

Bruma leve de outono
Devolva-nos o que a escuridão apagou.

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