domingo, 3 de julho de 2011

Embalar do sono


Embalada em um sono leve,
Sensível, embriagante,

Me transformo em uma folha de papel.

Dobro, fujo para a pasta.



Sonolenta e embebida,

Recostada em outras como eu,

Espero



Uma singela alma me escolher

E rabiscar em mim

O croqui de meu coração.



Com grafite macio,

Mais sensível que o sono,

A fim que eu acorde

E as linhas disformes

Tenham marcado

O meu instantâneo presente

E se reflitam

Em meu paciente futuro.



E quando o sono

Bater novamente,

Folha em branco

Serei mais uma vez.

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