Embalada em um sono leve,
Sensível, embriagante,
Sensível, embriagante,
Me transformo em uma folha de papel.
Dobro, fujo para a pasta.
Sonolenta e embebida,
Recostada em outras como eu,
Espero
Uma singela alma me escolher
E rabiscar em mim
O croqui de meu coração.
Com grafite macio,
Mais sensível que o sono,
A fim que eu acorde
E as linhas disformes
Tenham marcado
O meu instantâneo presente
E se reflitam
Em meu paciente futuro.
E quando o sono
Bater novamente,
Folha em branco
Serei mais uma vez.
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