terça-feira, 19 de julho de 2011

Uma floresta em mim


Me integro à natureza.
Sons, cheiros, estímulos:
Música, perfume, dança.

Sou floresta
Dentro de mim.
Uma ininterrúpta jogada
Para entrar em sintonia.

Vejo animais, seres,
De muitos tipos;
Anseio por pegá-los
Por tê-los para mim.
Quer saber?
Já são todos meus.

Neste mundo,
Floresta de Groelomba,
Me refugio lá.
Entre intermináveis conversas
Com uma égua prenha,
Pauso para apreciar
Nas últimas neflas
De luz do dia,
Pequenos gnomos.
Lindos, recolhendo as pétalas das flores
Para devolvê-las ao raiar
Do novo dia.

Esse lugar me chama,
Me protege, acalenta.
Já está noite
Mas não há perigo,
Estou dentro de mim.

Não sinto frio
Nesse trópico,
Faço companhia aos morcegos.

Meus amores, chamá-los-ei
Algum dia
Para fazerem-me companhia.
Quiçá já estão aqui comigo,
Encantadores,
Trazem-me alegria.

Sóis e luas, invernos e verões.
Enfim sou prisioneira
De onde não quero
Nem preciso sair.
Às vezes
Esses meus dois amores
Vêm me visitar;
Acendemos fogueira,
Ficamos a cantar.

Ah, quantas histórias renderiam
Essa mágica floresta de mim.
Mas preciso ir já,
Os gafanhotos há muito
Estão a essas palavras observando...

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