quarta-feira, 2 de março de 2011

Vou-me embora pra Groelomba

Vou-me embora pra Groelomba

Lá sou cunhada do prefeito

Lá tenho a vida que eu quero

Do jeito que escolherei


Vou-me embora pra Groelomba

Vou-me embora pra Groelomba

Aqui eu não sou feliz

Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconseqüente

Que Quixote o Louco de Espanha

Marechal e veríssimo demente

Vem a ser contraparente

Do bisneto que nunca tive


E como não farei ginástica

Andarei de monociclo

Montarei em um flamingo

Subirei no Everest

Tomarei banhos de chocolate!

E quando estiver cansada

Deito em minha núvem de estimação

Mando chamar Uni, o unicórnio

Pra me contar as histórias

Que no tempo de eu menina

Raros vinham me contar

Vou-me embora pra Groelomba


Em Groelomba tem tudo

É outra civilização

Tem amigos de verdade

Para compartilhar a diversão

Tem esquisitice automática

Tem alucinações à vontade

Tem os melhores livros

Que a gente imaginar


E quando eu estiver mais triste

Mas triste de não ter jeito

Quando de noite me der

Vontade de me matar

— Lá sou cunhada do prefeito —

Terei a vida que eu quero

Do jeito que escolherei

Vou-me embora pra Groelomba.


Texto original em: http://www.releituras.com/mbandeira_pasargada.asp

2 comentários:

  1. Vou-me embora com você, em Groelomba talvez lá
    me torne amiga do prefeito, viva em um mundo perfeito e possa usfruir dos meus conceitos e conhecimentos skdpkaspodoaskdopaskdaksdkasd
    Groelomba forever hahahahhaha

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  2. aiodjasoidjaiodjasid rimou.
    Nem preciso dizer que eu, como arquiteta da cidade, já projeitei tua casa no mesmo bairro que a minha né?!
    Quando quiser ir é só fechar os olhos. Será muito bem recebida lá :B

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