sábado, 24 de dezembro de 2011
Uma estória sobre a vida
Desta coisa putrefata a qual não criei
E admito: não teria coragem de assiná-la.
Perfeita e sublime -ó inocente vida!
Vil e macabra -imperfeição da realidade!
Acabo por supor
No auge de meu repuno
Que se houvesse escolhas
Difícil seria o amor, fácil seria o impuro.
Amarga, cruel, indistinta e repugna:
Face ruim da vida, mas precisa.
Por que todos apenas contam o afável?
Viver não é só isso;
Fere, dói... Algum propósito?
Há de gritar esse propósito?!
Para quê tanto sofrer?
Tanta amargura, decepção...
Incompreensível mundo,
Por que a fizestes assim?
Olhando para as estrelas
Os sonhos rolam soltos:
Novas realidades, vidas distintas...
Caminho do bem.
Carinhosa e imcompassível,
A necessidade involuntária de acordar
Irrompe a nossa real vida.
Pois vida que é vivida
Cada um escolhe a sua
Para ser como se quer...
Cruéis e imotos,
Dilaceramos a inefável vida.
Talvez seja por isso que ela castiga-nos...
Se é por isso, estão explicadas
A inocência dos bebês,
A felicidade das crianças,
A ingenuidade!
Mas quem cria esse terror?
Precisamos dormir, sonhar para viver...
A vida impõe-nos isso!
O que explica
Quiçá a rabugice dos mais velhos,
ou a perda de esperança...
Mas a vida é assim
Por culpa de nossos sonhos,
Ou nossos sonhos são assim
Por culpa da vida?
Que dilema!
O certo...
Ou o mais certo?
Quanto mais sonhamos,
Mais a vida se rompe.
Abrirei os olhos, colarei os cílios,
Não mais dormirei.
Esta vida está brincando conosco,
Impondo-nos um sono...
A sombria face da bruxa
Disfarçada de vovozinha.
Querendo abrir nossas mentos,
Descobrir o que nos incomoda...Fria e cauculista,
Faz isso enquanto dormimos,
Relaxamos, temos falsas esperanças,
Sobre o amanhã.
Falsas nem tanto,
Às vezes, por bondade
Ou malvadeza, travessura,
A vida concede-nos nossos sonhos
E resgatamos bravamente o que quisemos.
Quem dorme menos, vive menos.
Os dias se dão pelas noites de sono.
Porém, quem vive menos, morre mais feliz.
Pois a vida é uma regresso-progressão,
Que distrói e constrói e ilude o amanhã.
Poregarei meus olhos, tornarei-me vigilante.
Não mais dormirei!
Assim interromperá meu ritmo cardíaco
E morrerei feliz;
Mais que se tivesse
Vivido mais um dia.
P.S.: AMO viver! <3
poema de um momento nostálgico da minha vida, haha, datado de meados de 2010...
hoje em dia escrevo o que me faz bem, nada de nostalgias *0*
Chove em meu coração
Fases do carbono
Para eternizar meus rabiscos,
Abrilhantar meus sonhos...
Valorizo a pedra bruta -minha joia-,
Adorno-me de grafites
E desenho com cristal raro.
Fecho os olhos;
Vejo o brilho, glamour.
Dos colares cintilantes?
Não. Da singela lapiseira.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Acorde-me
Os riscos ficam tão vazios;
O chão, buraco fundo e escuro.
Abismo? Jogar-me-ei
-Não!- minha consciência brameja;
Alcova de sentimentos bons,
Ao passar pelos cômodos de minha cabeça
Favor acordar-me,
Clamar-me;
Ao amor não sei que dizer,
Porém das trevas porei um fim
Com o simples ato
De tocar tua aura.
Rente a ti ficarei
E deixarei meus olhos dizerem-te
O que a alcova dos sonhos
Libertará ao além do ser.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Sem estar preocupado com o amanhã
Sentir o poder do amor que me alegra
O canto dos passáros
O balançar das árvores
O raiar do sol
Um som de belo dia
Mais um dia ao teu lado doce menina
Traga-me a tua paixão, o brilho dos teu olhos
A tua face radiante, o teu corpo que me toca.
domingo, 27 de novembro de 2011
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Recente passado
Escurecido ainda, em versos bons,
Vocifero teu nome
Almejando teu calor
Tão alheio ao sol desse verão.
Fazendo tons e rimas,
Recordo-me mais uma vez
Tantos momentos por detrás de uma sina.
Grito, chamo, enfim percebo
Que tudo o que anseava
Era não-mais que
Uma quimera daquele velho outono
...Que regressa a mim outra vez.
domingo, 13 de novembro de 2011
Vento noturno
Singelo feito o vento
Austera brisa de amor,
Revoa meus cabelos; atento
Às plumas passando em furor.
O frio à carne amacia a pele
E a meia luz acata as ordens da Lua.
Ay, que me quemo aquí,
Co'a minha alma crua, nua.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Grafía
Amor no se escribe en una hoja de papel;
Amor no se grafía con palabras,
No aparece para leer
O para hablar.
Todo que podremos saber sobre él
No se oculta, no se desencuentra,
Al revés: Muestranos a disposición
Todo que tantos poemas tentan decir
Ya está dentro de nosotros
En un músculo tan importante,
En un piel tan poco distante,
En un alma llena de razón.
domingo, 30 de outubro de 2011
Que horas são?
domingo, 23 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Pequeno e sonhador
Levou-me ao sono do amor,
O sonho.
Voando em asas lívidas,
Sôfregas em águas virgens,
Em terras mágicas, terras místicas,
Criou história, inventou amores.
Chorou chuvas,
Sorriu sóis,
Voou nas nuves.
Ó impura alma desleixada,
Sonhos vãos não o tornarão mais forte!
Deixa teu sono de amor contemplar os bosques
Da imensidão da eternidade.
Conjuga teus verbos em sonhos,
Apeia do teu cavalo alado,
Vive a história de amor mais linda
Te doa sem esperar,
Te vinga sem nada fazer;
Porque quem faz mostra dor
E por dor
Não doa em ti, pardal
Não doa em mim, gaivota
Que há de se ter o sentimento mais lindo
Quem num belo sonho se enamora?
Estrada sem fim
domingo, 9 de outubro de 2011
Utopias...
Quero olhar a praia,
Os lírios, jasmins.
Quero seguir o ritmo,
Clarear em tom marfim.
Não apenas conhecer continentes,
Ir mais fundo, ganhar cor.
Velejar os mil mares,
Fulgurar um belo amor.
Quimeras, medusas: abissais.
Logo após o rio,
Indelével, absinto,
Jaz um herói fugaz.
Embebido de tanto amor
Por um belo lobo
Enrustido em cordeiro,
Que abstem-se em seu leito
Robusto em furor.
Pego eu, meu cajado,
Encantado por magia,
Ergo-o ao colorido céu
E cravo-o neste mundo encantado.
Com angústia acordo, atônita,
Prevendo um triste fim.
Viro-me, cabisbaixa,
E o que vejo?
Tudo em marfim.
Enfim este conto cessou,
Cerrou fundo em mim.
Ao invés de exterminá-lo,
Entrei nele, fundi-me enfim.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Anjo
Bradando doces palavras acima do penhasco da morte, eis que encontro um homem, prestes a cair. Grito sob a alvorada:
-Não vai, resiste!
E ouço palavras ainda mais belas.
Um passo a frente foi o que vi, encostando aquele ser à ponta do abismo, vocifero novamente:
-Fica aí, ou volta!
E um silêncio exorbitante de instantâneo invadiu aquele cenário, cuidadosamente saturado em tons de verde, rosa e azul. Meu peito inflou-se de medo.
Até os pássaros pararam de cantar, o vento parou de soprar e, naquele instante, vejo aquele homem tão insano, de montanha-acima, pousado em minha frente; sóbrio, intacto. Levou-me pela mão até o início da pradaria, trançou em meus cabelos margaridas e, com sua doce voz, pediu-me que fechasse os olhos.
O fiz, e nesse momento senti o mundo girar sob meus pés, e o canto sublime das aves cada vez aproximava-se mais, unindo-se à leve brisa em meu rosto. Quando resolvi finalmente abrir as pálpebras, estou no lugar mais lindo do mundo, cercada de espécies raras e com a vista mais encantadora. Ao meu lado, nada. Viro-me incessante para todas as direções, a fim de encontrar aquele ser celestial que me guiava insensivelmente.
Uso de grande esforço para tentar encontrá-lo em meio à paisagem bela, mas a certeza me diz que ele já integrou-se a ela; orgânico, mortal. Anjo meu, foi tudo um sonho ou perdeu-te de mim? Esperar-te-ei até minha morte, quando nossas asas entrelaçar-se-ão no fim do horizonte.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Que é amor?
Clandestino, vem de se esconder.
Ferida que arde, escondida, profana;
Angústia que cala
No véu transcedente.
Amor, quatro letras distintas,
Quatro sonhos inibidos,
Mil e uma fronteiras
A se ultrapassar.
Amor, sonho sonho contigo
Dia claro, escondido;
A inspirar, palpitar.
Até a astrologia libertar-me
Das estrelas que envolviam
Meu pobre coração,
Não sabia o que fazer.
Um bater tão forte
Rompeu as grades
Que um dia qualquer
Encobriram tanta luz
E hoje, estrelas-minhas,
Trazem de volta o que me foi tirado
Irreverente, tão inesperado.
Ah, meu amor, me dói tanto
Sentir o peito rápido pulsar
Que até o respirar me afoga o pranto
De apenas tê-lo.
Diga-me se isso é amar.
domingo, 18 de setembro de 2011
Primavera
Aromas de todos os tipos,
Orquestra de pássaros a encantar.
O acalento nos raios do sol,
Um sorriso inocente e só,
Um girassol a desabrochar.
Demetre com seus encantos
Trazendo a felicidade à tona,
Resplandece-nos do puro manto,
Eclode a primavera.
Escondida por longos meses,
À espera do orvalho quente,
Enfim brota da terra,
Do céu, da imensidão do mar,
A estação mais pura e bela
Que rege todas as infâncias
E ilumina toda a existência;
Trazendo alegria
E dissolvendo o pesar.
Depois de uma noite cálida,
Inverno sombrio, tenebroso,
Inundam as almas os raios de sol
E eliminam o manto escuro
Que encobria os sentimentos.
O amor sobrevoa
Os caminhos tortuosos
E abre os corações
Para a melhor época de amar.
Primavera; ah, seus encantos!
Ballet de sonhos cantantes,
Acaricia-me com sua austera brisa
E deixa-me crer em sua eternidade;
Pois, enquanto permanente,
De ti, só serei feliz.
sábado, 10 de setembro de 2011
Somente você
Insana, demente confusão.
Coração acelerado
Fugindo da razão.
Um acaso falciforme
Que encheu vias de dúvidas;
Uma vida, duas, quiçá todas elas
Revertidas após
Uma troca de olhares.
O broto do solo infértil
Progrediu em flor.
Um coração petrificado
Ganhou formato e cor.
De que vale
Toda tecnologia do mundo..?
...Se o que precisamos
É a presença um do outro.
De que vale
Tanta energia a iluminar..?
...Se quando estamos de mãos dadas,
Qualquer caminho incerto
É o caminho mais correto
Para chegar a qualquer lugar
Que luz alguma mostraria.
Atravessando o arco-íris
Ou nadando em lavas flamejantes,
Tanto faz.
Desde que ao seu lado
Eu possa realmente haver;
Sem se importar
Onde realmente
Algum dia
Vamos quiçá chegar.
Porque
O que realmente importa
Não é o fim da linha,
E sim a maestria dos passos;
O caminho a chegar.
Não me canso de andar.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Tudo o que eu sempre quis dizer
Posso ser nova, inexperiente, posso não saber de todas as coisas, mas sei o que me é suficiente... por enquanto. Um resumo de tudo o que eu quis falar nesses meus 17 anos de vida (fato, apesar de ter amado e me identificado com a letra, não gostei do ritmo e não conheço a banda)
24 - Switchfoot
Twenty-four oceans
Twenty-four skies
Twenty-four failures
And twenty-four tries
Twenty-four finds me
In twenty-fourth place
With twenty-four drop outs
At the end of the day
Life is not what I thought it was
Twenty-four hours ago
Still I'm singing 'Spirit,take me up in arms with you'
And I'm not who I thought I was
Twenty-four hours ago
Still I'm singing 'Spirit,take me up in arms with you'
There's twenty-four reasons
To admit that I'm wrong
With all my excuses
Still twenty-four strong
See, I'm not copping out
Not copping out
Not copping out
When you're raising the dead in me
Oh, oh
I am the second man
Oh, ohI am the second man now
Oh, I am the second man now
And you're raising these...
Twenty-four voices
With twenty-four hearts
All of my symphonies
In twenty-four parts
But I want to be one today
Centered and true
I'm singing 'Spirit take me up in arms with you'
You're raising the dead in me
Oh, oh
I am the second man
Oh, ohI am the second man now
OhI am the second man now
And you're raising the dead in me
Yeah
I wanna see miracles
To see the world change
Wrestled the angel for more than a name
For more than a feeling
For more than a causeI'm singing 'Spirit, take me up in arms with you'
And you're raising the dead in me
Twenty-four oceans
With twenty-four hearts
All of my symphonies
With twenty-four parts
Life is not what I thought it was
Twenty-four hours ago
Still I'm singing 'Spirit,take me up in arms with you'
I'm not copping out
Not copping out
domingo, 4 de setembro de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
El bailar de un latir
Cuándo el viento sopla
Por las ventanas de mi vida
!Ay, que no me contengo!
Lo sigo, a buscar las almas
Del vacio de tiempo
Que siguen en la nuble que pasa.
Sigo a seguirlo;
Lo seguiré hasta encontrar
La emoción primera
Que me hizo quitarme
Exactamente donde estoy:
Adentro de un mundo
Que no compreende las emociones
Que parten del corazón.
Un mundo que sólo se sabe
Amar con la cabieza, con la razón.
Siento que estoy acá
Simplemente para enseñar
A esa mayoria insensible
Como debese amar.
Con una canción
De las campanas de mi corazón
-el latir incesante, bailante-,
Todo el gris de los puertos
De la gente, de los sonreísos,
Serán remediados.
Las buenas vibraciones
De esa canción que no cesa
Se tornarán inherentes
A los agudos oíntes,
A los eternos bailantes.
Todo ganará su color.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
O respaldar da infância
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Dança dos mortos
Não difere cheiro, cor.
Dançam solas
A música dos mortos.
Ao despertarem comoção
Nos curiosos olhos
Da inocente criança,
Aquietam-se
E vão embora
No uníssono dos ventos,
Na discussão
De todos os reis.
Eles ainda observam
Enquanto as folhas esvaem-se
E o angelical rosto, cálido,
Ouve os últimos gemidos
Dos insandecidos mortos
Que voltam à vida
Na minha cabeça.
domingo, 7 de agosto de 2011
Simples assim
De te pegar e colar em meu corpo
Sentir o calor, misturado com amor
Olhar para o teu rosto
Tocar em seu cabelo
Sussurrar palavras lindas
Beijar a sua boca
E flutuar nas nuvens.
Sem foco
Do toque, dos abraços,
Envolve uma alma cheia de desprazeres.
Frustrações de uma divina mente
Sonhando alto pelas pontes.
Não acho utopias, só misantropos.
Onde estão todas as pessoas
Do meu mundinho pueril?
Saio às ruas e vejo flores.
Belas, rosas amarelas verdes roxas flores.
Não são flores, são espíritos,
São mariposas nesta nova vida.
Há um tópico não-observado
Dentro da mente de cada um.
Abstrato, multiplício,
Não, não, não.
Fim.
domingo, 31 de julho de 2011
Andando entre os sonhos
Tropeço em algumas pedras.
Uma delas, você,
Me fez parar.
Desconfiei de antemão
Pausei - olhei para os lados - continuei.
Não sei denominar
O que me deixou aqui:
Parada, atordoada.
Queria sentir amor,
Queria uma mão para segurar,
Queria ser um romântico beija-flor,
Queria um bem-me-quer para amar.
Assim os delírios seguem,
Me perdendo entre as rochas.
Montanhas, às vezes, surgem
Mas ignoro a loucura de minha nostalgia.
Fiz uma canção.
Você, o nome dela.
Sonho mais longo que tive,
Falei, cantei você a trezentos mil decibéis.
Sonhei mais alto que pude,
Fiz a loucura que nunca pensei.
Achei que não era assim,
Desviei de cada montanha outrora.
Fiz que não sabia compôr,
Surpreendi com o poder dessas notas.
Quando a mente fala mais alto
E os sonhos não dão a razão,
É hora de apelar para o peito;
Nunca erra esse tal coração.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
LOUCOS E SANTOS
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril.
(Oscar Wilde)
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Árvore da Vida
És árvore, sensível,
Raio de luz que invade aos poucos,
Abrindo fronteiras para o invisível.
Uma cena singular.
Num feixe, luzes e troncos se envolvem;
Num canto, uma pequena garota explora sons e sinais
De um tempo que recém se iniciara, junto à aurora.
Pasmem aqueles que pensam
Que de nada vale a imagem para a menina:
A luz que cruza a árvore elabora um céu particular,
Uma imagem nítida da cena infantil:
Sois terra, calor e força;
És árvore, mas a minha imagem da vida.
Imagem que se distrai
Entre os assombros da noite,
Amor, que fica e vai
Ascendendo, atracando ao porto.
Aquela arte de antes,
Aurora da vida,
Ficará sempre em meu peito
Palpitando, rente às feridas.
sexta-feira, 22 de julho de 2011
Uma noite fria
Luzes bruxuleantes.
Frio, muito frio.
A ponta do nariz congelada,
Uma leve música ressoa ao fundo,
A noite tapa todos
E o que resta de belo cai sobre nós.
Silêncio.
Cheiro da verdade,
Fecho os olhos e,
Por um segundo,
Sinto viver como nunca.
As sombras dos passeantes,
Dos parados
E dos estáticos
Austeram qualquer sensação negativa,
Qualquer frio.
Minhas cenas de terror,
Minhas cenas de suspense,
Meus sonhos, tortuosos,
Envoltos, apenas
Em uma noite fria
-Muito fria-
Em um lugar mágico
Em que me encontro, aqui.
Como é bom viver!
terça-feira, 19 de julho de 2011
Uma floresta em mim
Me integro à natureza.
Sons, cheiros, estímulos:
Música, perfume, dança.
Sou floresta
Dentro de mim.
Uma ininterrúpta jogada
Para entrar em sintonia.
Vejo animais, seres,
De muitos tipos;
Anseio por pegá-los
Por tê-los para mim.
Quer saber?
Já são todos meus.
Neste mundo,
Floresta de Groelomba,
Me refugio lá.
Entre intermináveis conversas
Com uma égua prenha,
Pauso para apreciar
Nas últimas neflas
De luz do dia,
Pequenos gnomos.
Lindos, recolhendo as pétalas das flores
Para devolvê-las ao raiar
Do novo dia.
Esse lugar me chama,
Me protege, acalenta.
Já está noite
Mas não há perigo,
Estou dentro de mim.
Não sinto frio
Nesse trópico,
Faço companhia aos morcegos.
Meus amores, chamá-los-ei
Algum dia
Para fazerem-me companhia.
Quiçá já estão aqui comigo,
Encantadores,
Trazem-me alegria.
Sóis e luas, invernos e verões.
Enfim sou prisioneira
De onde não quero
Nem preciso sair.
Às vezes
Esses meus dois amores
Vêm me visitar;
Acendemos fogueira,
Ficamos a cantar.
Ah, quantas histórias renderiam
Essa mágica floresta de mim.
Mas preciso ir já,
Os gafanhotos há muito
Estão a essas palavras observando...
Decepção
Pixel a pixel
O painel da felicidade.
Apaga sorrisos,
Destrói ilusões;
Saudades
De um mundo sincero,
Sem meros interesses,
Que a falsidade não corroía.
Como uma traiçoeira traça
Em frente a um belo vestido de seda,
Os sentimentos ruins
Acabam com o trabalho
Dos bichos-da-seda,
Destróem o castelinho da felicidade
Atentando direto aos alicerces.
Tiranos.
Decepção
Decepção
Decepção
A estas almas que se perdem
À rede de mentiras.
Perdão, perdão?
O tempo cura tudo,
Espero não seja doce ilusão.
Algum dia
Talvez
Entendamos o porquê.
Enquanto isso,
Cansei de ser trouxa.
domingo, 17 de julho de 2011
Dois ventos tão distantes
Dois núcleos, prestes a fundir-se,
Siameses por conta dos novos tempos,
Que precisam unir-se para suprir
Suas existências inequívocas.
Desde o passado
Esses ventos tão-distantes
Demoraram para achar-se.
As brisas periféricas,
Ao tocarem-se, olharem-se, sentirem-se, perceberam
Que o frio
Sem o quente
É apenas um estado,
Mas juntando-os,
Temos algo muito mais aprazível.
Dizer com palavras é difícil,
Explicar um amor tão omisso,
Fazer mostrar o que todos vêem,
Mas os ventos, coitados, apenas mentem.
E o pior, para si mesmos; ai tempo!
Espectros-irmãos que se entrelaçam
Com apenas um olhar, um gesto, um toque,
Estão prestes a tornarem-se um só, insuperáveis;
Mas a gravidade da Terra dificulta o encontro
De dois ventos tão singulares.
O amor é imbatível.
Luta tempo, para viver
O que nunca imaginou ser possível.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Certos amores sem sintonia
Certos amores não marcam hora
Simplesmente chegam
Chegam muitas vezes em terrenos não preparados
Terrenos que estejam ainda em construção
Terrenos fora de si
Terrenos nunca antes preparados talvez
Talvez em terrenos sem sintonia com o amado em questão
E esse é o problema do coração
Amores nem sempre andam juntos
Nem sempre acontecem juntos
Enquanto uns vivem suas vidas normalmente
Outros sofrem com o amor loucamente
Amar no tempo errado é ruim
Ser amado no tempo errado é ruim
Mas o pior é nunca achar tempo para amar assim.
Arco-íris do amor
Vermelho sangue quente, fervendo nas veias de um jovem sonhador;
Laranja fusão das almas, extrema luz que banha o corpo e mostra a alma, caliente;
Amarelo é o poder, o poder de amar, sedução, ganância versus loucura versus paixão;
Verde a parte mais pura da alma, o espectro do ser, aguçado, sublime;
Azul não se vê, não se sente, está lá para permitir a fusão dos sentidos, ao saber;
Índigo indica as estrelas, une a nós, não seleta, ascende;
Violeta lá vamos nós, acabando esse arco-íris de sentimentos, sons, vamos flutuar para onde não necessitemos de nada a mais além de sete mágicas cores, nós e elas...
quinta-feira, 7 de julho de 2011
A garota e o vaga-lume
Sentada ao chão nessa floresta inundada de almas, procuro, incessante, em meio ao turbilhão de tumulto, o horizonte. A nostalgia sobe por meu esôfago como uma bolha de sangue escaldante; minha diversão é o filme mudo, apagadiço, dos fantasmas e seu vai-vem, quiçá mudo pois já me embebi dele, suguei-o.
Em meio ao cenário emblemático cinza, que me envolve a tanto tempo, vejo um feixe claro, um vaga-lume, que irradia o verde-musgo das árvores e tira da nébria da eterna noite tantas belezas ocultadas pela constante e impermeável matiz monocromática.
Em um pequeno instante sinto que não pertenço a esse lugar, que há algum sítio distante onde eu possa ir, que não exista só a escuridão, o medo, o torpor das almas. É de onde esse ser veio, de onde trouxe a luz que agora me banha, sua luz.
Enquanto brinca comigo de longe, sinto-me mais perto dele do que me senti a vida toda neste mundo, entre esbarros e tropeços em seres inertes. Penso como farei para tê-lo, para trazê-lo até mim. Nesses poucos instantes que tudo isso me passa pela cabeça -séculos em minha mente-, sinto que a energia cedida a mim por aquele desconhecido toma forma, e se transforma em uma chama de coragem. Tomarei essa chama e transporei esse mundo de sombras que me cerca e me toma. Irei atrás de meu vaga-lume por céu e por terra para capturá-lo; sairei dessa infímia terra de mortos.
Levanto, sem tirar os olhos daquele ser que me entorpece, esqueço tudo e flutuo em sua direção, em sua luz. Ao chegar mais perto, a imensidão desaparece. Somos só eu e você; nós e nossa luz.
Mil anos se passaram para eu achar o que sempre procurei; finalmente um brilho em mesma sintonia para enfim virarmos energia e sermos o sol deste mundo gris.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Afinal, quem são os racionais?
Eu olho para todos os lados e vejo todos os outros animais contribuindo para o ciclo biológico do planeta, enquanto os humanos lutam mais e mais em um esforço contraditório de remendar seus estragos ao mesmo e continuar estragando-o. Afinal, quem são os racionais?
domingo, 3 de julho de 2011
Embalar do sono
Sensível, embriagante,
domingo, 26 de junho de 2011
Sentimento mágico
Posso estar sedento desse amor
Quero que você me dê a dose certa
Dessa poção mágica chamada PAIXÃO
Quero poder sentir
Meu coração bater forte
Meus olhos brilharem ao te ver
Minhas pernas tremerem quando você me tocar
Meus lábios exigirem os seus
Minha cabeça pensar só em ti
E minha alma simplesmente explodir.
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Sonhador poeta
Presença de espírito.
Almas nobres são as que se capacitam a sonhar;
Amar.
Os sonhos são as promessas da realidade.
Promessas essas que na mente de um sonhador,
Não têm princípio ou fim.
Não têm purezas.
Não têm escrúpulos.
Não há quaisquer julgamentos...
São apenas sua realidade quotidiana.
A tal que é vivida em outra dimensão.
Sonhar... Ah, amar!
Faz parte, faz parte de viver.
O amor é ato tão nobre,
Que será que somos dignos de prová-lo?!
Provar de um sonho em que não há indícios de fim.
Um sonho que machuca,
Que fere a realidade
E nos aproxima ainda mais do sonho.
Ah, dormir!
Dormir é para sãos;
Porque os verdadeiros insanos não dormem,
Sonham,
Amam,
Vivem.
domingo, 19 de junho de 2011
sábado, 18 de junho de 2011
Sonho ou realidade? ...Maybe the two
Acordo de vez em quando
Confiro meu passado
Vou-me embora com o presente.
Acendo as lamparinas
Verifico a lenha no fogão
Acordo de vez em quando
Confirmo o meu presente.
Parece uma ilusão
Que loucura, confusão.
Confirmo meu passado,
Vou para o futuro, hoje não.
Direita, esquerda, bruços, ante-mão
Confiro meu passado
Sonho sonho
Emoção.
Abro as janelas
Vejo a pradaria
Remexo na cama
Olho para cima
Meu holograma de oito metros
Remexo na cama
Vejo o meu sonho
Vejo a minha cama
Remexo na cama
Vejo três ambientes
Vou para um
Vou para outro
Remexo na cama.
Acordo em um pulo.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Sonho de Herói
e dois ramos de palmeira
eu hei de fazer um dia o meu cavalo
- com asas!
Subirei nele, com vento, lá bem alto,
de carreira,
Voarei, roçando o mato,
as copas em flor das árvores,
como se cruzasse o mar...
e até sobre o mar de fato
passarei nas nuvens pálidas
muito acima das montanhas, das cidades, das cachoeiras,
mais alto que a chuva, no ar!
E irei às estrelas,
ilhas dos rios de além,
ilhas de pedras divinas,
de ribeiras diamantinas
com palmas, conchas, coquinhos nas suas praias também...
praias de pérola e de ouro
onde nunca foi ninguém...
domingo, 12 de junho de 2011
Uma prosa a Porto Alegre
Bela Porto Alegre
De ornamentos mil
Desaparecidos sobre os olhos,
Delirantes olhos,
Apressados olhos.
Andamos, corremos
Parando jamais;
Gótico romântico, barroco,
Se esfumaçam junto às nuvens.
Pôr-do-sol, o grandioso,
Que nem em seu esplendor
Deixa as belezas
Escaparem de seus raios
E flutuarem ao nosso apreço
quarta-feira, 8 de junho de 2011
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Não é questão de perder
perdem-se no caminho dos sonhos,
ficam à esma,
seguem o coração.
Não se diz que o mundo é tolo,
tolo não.
O mundo é feito dos desavisados,
que discordam da razão.
Ao deixar-se levar pela maré,
a invencível maré
da nossa alma
nossos sonhos nos guiam a Atlantis.
E os que se acham muito inteligentes
a ponto de não ficar à deriva,
perdem-se também.
Em um mundo onde quem vive, não se diz viver perdido
pois trilhou o seu caminho,
guiou própria direção.
Mas, quando se trata de sentimentos,
feliz é, por suposto,
quem se perde.
Pois só se perdendo
que se encontra
a chave que abrirá
um baúzinho;
nosso tão-protegido
coração.
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Já notou?
Já notou a infinidade de recursos que eles possuem para agradar aos nossos olhos?
Já notou como as pessoas que projetaram cada espacinho daqueles lugares penaram para fazer algo bonito, elegante e atrativo aos olhos?
Pois é, certamente você nunca notou nem metade das maravilhas que se "escondem" dos nossos olhos na nossa própria cidade, em um lugar tão comum, tão utilizado...
Com toda a circulação de pessoas, toda a pressa, todo o mundo para cima e para baixo e sequer mandam um mísero comando para seus cérebros virarem um pouco que seja seus pescoços para admirar o que com tanto trabalho foi feito para agradar justamente a essa gente que tanto ignora.
Tornemos nossa cidade visível!
Olhemos um pouco além da nossa visão periférica!
Valorizemos o grande esforço, satisfaçamos o mero desejo de algum arquiteto, que era apenas alegrar a vida dos transeuntes.
A gente vê na televisão tantos lugares que gostaríamos de conhecer, exuberantes, e no fim não paramos para pensar que temos lugares assim na nossa própria Porto Alegre, basta abrirmos os olhos e enxergarmos o que não está lá para ser invisível.
A NOSSA CIDADE É LIN-DA!
Não reparem, esse é o primeiro protesto de muitos de uma futura arquiteta.
Beijoss.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Os Malabares
domingo, 15 de maio de 2011
O porquê das coisas;
Ainda hoje descubro
O porquê de Deus.
Um dia Ele me disse,
Em meus pensamentos,
Que quem o segredo da vida
Quiser saber,
E tentar sabê-lo;
Correrá contra o tempo,
Subirá nas altas e íngremes
Montanhas sinuosas,
Nadará com os tubarões.
Após ver
Que já desenvolvemos tecnologias
Para tudo ou quase, continuou:
"-E, mesmo assim, isso de nada adiantará,
"Pois a curiosidade só os acentua mortais,
"E estes não deterão jamais
"Do dom de saber da vida."
Então eu acordei.
terça-feira, 10 de maio de 2011
Corações e a Lua
No brilho do olho.
Acredito no empasse
Vem jogo, vai jogo.
O brega e o bonito,
As mãos e o infinito.
Quando tocam-se os corações
Esquece-se as emoções,
Transportam-se as ilusões
Para depois do firmamento.
Minha visão noturna
Varre o céu em busca da Lua.
Quando finalmente a face inerte
Projeta-se em direção do rosto triste,
Ouve-se fogos de artifício.
"Cabum!" "Splashh!" Deve ser o novo ano.
Ou é apenas o jeito
De meu espremido coração
Dizer que está,
Antes de tudo,
Feliz.
sábado, 30 de abril de 2011
Qualidade ou defeito?
Você pode conhecer a pessoa a décadas, anos, dias, horas. Ela te diz algo e simplesmente você pensa: não acredito; é mentira. O que lhe faz achar isso? Talvez algum fato passado? E quando você não conhece a pessoa e não tem motivos para desconfiança, o que você pensa quando lhe contam algo?
Pois é, ainda tem muita gente que não confia nem acredita nas pessoas até provarem de que são uma via confiável, e provarem bem.
Como eu queria que todos fossem como eu, que acredito em tudo o que me dizem até me estrepar e descobrir que não dá mais. Como eu queria que o mundo fosse aberto, fosse líquido. Que as pessoas pudessem ter a mente aberta a tudo, tudo mesmo... E que não precisassem de motivos para acreditar, mas sim para desconfiar.
A justiça, o amor, a sociabilidade... enfim. Tudo seria diferente. Tudo seria mais amplo. Tudo seria apenas... apenas o que deveria ser.
Não consigo falar mais, isso me entristece.
O que eu tenho, qualidade ou defeito?
domingo, 24 de abril de 2011
Feriado, Páscoa e etc.
Feliz Páscoa everybody!! \o (acho que escrevi certo, hm')
domingo, 17 de abril de 2011
Injustiça
É um poço da indignação,
Da catástrofe...
Quem a alimenta
Está quebrando as regras
Do zoológico do mundo da ética.
Quem a alimenta
Está pondo lágrimas
Nos olhos dos inocentes.
Não me deixe chorar,
Não me deixe condenada
Se não posso lutar.
Necessito da pureza
Para me libertar;
Necessito do bom senso
Para o mundo salvar.
sábado, 16 de abril de 2011
Campanha do Agasalho
É, o frio tá chegando... Nós aqui em nossas residências quentinhas e tanta gente sem abrigo, congelando. Nós tomando uma sopa ou chocolate quente ou ambos :B e milhões de pessoas pedindo dinheiro na rua para comprar uma mísera bala ou afim para "tampar com a peneira" o buraco que há em seu estômago.
Vamos nos conscientizar e doar roupas de inverno nesta maravilhosa iniciativa que é a campanha do agasalho!! Minimizemos o sofrimento de tantos, doemos!
sábado, 9 de abril de 2011
Nunca minta para seus sonhos
Estava em um casamento. Vestido verde musgo de couro. Longo, com estampas. Sapatos a combinar. O casamento não era robusto, era modesto. Um terreno cercado de árvores e um palco bem no meio; ao fundo. A noite escurecia tudo o que tocava, e as tochas acesas estavam lá para romper o breu. De nada convencional, o noivo e a noiva se viram antes da cerimônia, enquanto os convidados chegavam. Em instante de poucos minutos, cada lugar nomeado estava ocupado, e nos que estavam destinados para os acompanhantes, ainda havia alguns vazios. Encontrei minha turma, que junto comigo desejava cumprimentar os noivos encenando uma peça de amor e ódio que os homenageassem, antes da cerimônia. Nossas roupas estavam guardadas em baixo de um guarda sol de palha que camuflava a existência delas. Logo ao chegar de todos, vestimo-nos à caráter e começamos nossa obra-prima. Moças de capa ancha, um cavalo branco, uma bruxa, um vampiro, a alma da noiva (encenada por mim, destinada a morrer ao fim para salvar a vida da principal), gnomos, elfos, tholls e moças da floresta: esses eram os representados. Com o passar da peça, noivo e noiva intrometeram-se esperadamente no desenrolar. Sabiam o roteiro quase que numa magnificência mágica e íamos fazer com que tudo corresse certo, assim era o roteiro. Mortes, brigas, o moçinho (noivo) que deveria salvar tudo ao fim... E no entanto a bruxa venceu no final.
A peça acabou diferente do esperado. Os convidados, foram sumindo num desfecho de abrilhantar-nos os olhos, pois não os reparamos saindo enquanto atuávamos como se nossas vidas dependessem daquilo. Aliás, nem os mesmos notaram-se saindo; apenas, esvaíram-se. Nós, no fim da peça, de uma equipe que chegava a dezesseis pessoas fora os noivos, já éramos apenas eu, os noivos e mais uma colega que não estava no palco conosco, e, como uma sanguessuga de memórias, algo arrancou-nos da cabeça a existência do tal casamento e, a bruxa e o vampiro, o vampiro conhecido e a bruxa que não sabíamos quem a estava representando... Estes ficaram. Ficaram lá, alimentando-se dos seres antes motivo de nossa especulação artística. Alimentando-se da alma, do corpo... E das memórias de nós 4, que por vias do destino fomos salvos da chacina. Ela, o responsável por destruir aquele casamento incomum de dois eternamente apaixonados, agora crua, sem sua capa ou véu ou peruca. Agora com sua carcaça aparecendo e mostrando quem realmente era. Não tínhamos coragem de olhar. Saímos anônimos de lá, da umbra vazia.
Sem identidade, sem casamento, sem amigos, sem amor. Éramos apenas... O retrato do fim daquela festa.
... A nossa festa que nunca existiu.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Dia dos bobos.
Um dia, no dia dos bobos, Mateus decidiu que não aceitaria mais aquela vida e, ao sair da cama, resolveu se "transformar". Decidiu que aquele garoto que tratava todos da mesma forma, razoavelmente bem, mesmo sem retorno, não seria mais o mesmo. Saltou da cama, colocou as últimas roupas de truque que havia comprado pela internet, seus sapatos favoritos e suas meias laranjas. Após o café, não foi de van como sempre, com os colegas, foi de bicicleta. Chegando na sala, todos os olhares eram para ele: As meias escandalosas, a capa preta, as luvas em plena primavera...
Sua mente não estava mais focada em ser como os outros, mas sim como ele mesmo. E, se aproveitando da situação, se vingar dos que nunca foram simpáticos com ele. Ao estacionar a bicicleta, encontra com os valentões do quinto ano, que sempre abusavam de sua ingenuidade para fazer as coisas mais asquerosas que os meninos do ensino fundamental imaginam; até lixo eles já o fizeram comer. Um sorrisinho de canto nos lábios do menininho indicava que naquele dia não sofreria. Os meninos maiores chegaram e foram surpreendidos pelo esguicho d'água da flor de sua capa, a qual teve seu conteúdo substituído por água com detergente e arrancou lágrimas daquelas crianças mal-intencionadas.
No momento do incidente, todos os colegas do quarto ano de Mateus estavam passando de fininho, pois também sofriam nas mãos dos meninos mais velhos. Eles assistiram toda a cena e entraram em uma felicidade extasiante, vibrando com a "vitória dos menores" e saudando seu colega como o herói. Aquele dia foi assim, e Mateus teve pena de usar seus truques sórdidos com quem o estava venerando, então fez truques de mágica e piadinhas inocentes do dia dos bobos. Nos outros dias, não importava mais se Mateus era igual ou não aos colegas, não importava se ele gostava de mágica: todos gostavam e respeitavam ele. Daquele dia em diante, Mateus foi feliz.
E VIVA PRIMEIRO DE ABRIL o/
sábado, 26 de março de 2011
Chuva na janela
Sou eu? É você?
São os vaga-lumes na minha mente.
Vão até metade, não chegam nem ao chão.
A chuva cai, cai lentamente...
Mas os vaga-lumes d'água
Destacam-se das gotas vertentes.
Por que será que vira excessão..?
Que a luz não adentra
Em todo coração?
Mas os relâmpagos acendem, ascendem,
E clareiam a noite.
Minhas gotas vão caindo:
Sou interminável, mas sou intermitente.
A brisa aira essa cena de esplendor.
Uma visão obsoleta,
Uma noite de fervor.
E o que muda é apenas o sentimento.
Pois com qualquer outro não se nota
O clamor, o amor.
Apenas um novo olhar da chuva fria...
segunda-feira, 21 de março de 2011
Metáfora da minha vida.
Rabisco, rabisco
Ao tilintar
Do coração.
Que bate lento,
Seguro, frágil...
Mas é você chegar
Que eu desenho mais ágil.
Você não nota.
Você não vê:
Cada risco forte
É um novo bater.
Então ficamos nessa,
Um jogo de amigos.
Enquanto lá no fundo
Os desenhos ficam escondidos.
domingo, 20 de março de 2011
O caos de minha vida x Verdades de Paulo Santana
Novo ano, novas perspectivas, novos pensamentos, e todas as experiências antigas que aqui jazem ainda. Minha mente parece um depósito de roupas diante da moda, que seria minha necessidade. Há as mais novas, que estão "na moda" e as mais velhas, bregas, cafonas, mas cheias de lembranças. Na mente essas roupas não se gastam, ficam intactas, por isso mantenho-as quase todas. Necessito olhá-las, necessito tê-las. Mas atualmente sinto uma grande dificuldade de achar algo lá; está tudo bagunçado, fora de ordem, com coisas além e aquém de minhas atuais necessidades. Uma coisa eu sei que de lá não sairá jamais, nem com o tempo e nem que essas roupas tornem-se as coisas mais ultrapassadas de lá: as pessoas. Ninguém que entra na minha vida, no meu depósito, sai mais. Pode ser transferido de guarda-roupas, mas essa prisão só liberta seres inanimados.
Isso me fez lembrar do que li na coluna do Paulo Santana no Zero Hora de hoje. Ele falava sobre os entes queridos e a morte. Dizia que não achava justo que morramos em momentos diferentes de pessoas que amamos e nos amam, apesar de achar que, realmente, a vida não poderia ser eterna. Disse que, quando uma pessoa morresse, deveriam morrer junto todos os que a amavam. Ele só não pensou numa coisa: com o entrelaçar da vida, se morresse um, morreria o planeta inteiro. Achei essa reflexão muito linda, e sei que não aguentaria sem alguém que eu amo. Até talvez aguentasse, afinal não sou excessão e a grande maioria das pessoas aguentam (salvo as que se suicidam), mas o meu depósito sofreria uma drástica mudança e provavelmente eu me transformaria em uma pessoa diferente; minha vida é baseada nas pessoas que entram nela, e mesmo quando acontecer algo desses (espero que demore muuuuuito tempo), me transporto para a minha bagunçinha particular e reexperimento cada roupa, velha ou nova, que fora da minha realidade não existe mais.
E agora, o que seletar?
segunda-feira, 14 de março de 2011
O preço a ser pago por ser você mesmo
Mesmo tendo a maior parcimônia e dosando seus atos, no fim você nunca vai agradar se não fizer mudanças em seu comportamento, por mais que isso doa.
Certo dia eu (ok, foi ontem isso), navegando na internet, resolvi entrar em um blog que havia recebido o link anteriormente, fiquei curiosa. Chegando no tal dito cujo, fui ler primeiro o que dizia no blog, não me recordo direito, mas parece que era: quem gostasse era para seguir e quem não gostasse comentar, algo assim. Prontamente me propus a ler algumas postagens, que eu inclusive não me agradei muito por tamanhas bobagens escritas em uma delas, além de grosserias direcionadas a famosos que não fazem a menor ideia da existência daquele blogueto, mas que do jeito que ele escreve é como se fosse diretamente direcionado a eles. Após muitas infantilices lidas, resolvi comentar dois posts, como é do meu gênero e está intrínseco em mim. Em uma postagem concordei com o assunto, inclusive elogiei e tal e na outra simplesmente corrigi os erros hediondos que eu vi lá e discordei completamente com as prepotências do autor em relação ao assunto, o qual ele não sabia defender seus argumentos. Resultado: no dia seguinte (hoje) haviam 18 comentários de resposta me diminuindo e falando todo o tipo de coisa, inclusive o pequenino escritor daquele antro visitou esse blog para usar minhas coisas de argumentos contra mim. Haha. É lógico que eu não me rebaixei a tal ponto de retrucar as pessoas alienadas que fizeram isso, né?!
Enfim, o mundo é um lugar doente, onde as pessoas não enxergam o bonito de ser diferente e nem como agir espontaneamente é a coisa mais extraordinária de todas. Não estou arrependida de ter agido como quis, nem desta vez nem de nenhuma outra, e lá vai um conselho (tive um dejavu com o fim dessa postagem, nossa.): Seja você mesmo, não importa se gostem ou não. Só assim você vai ser feliz e vai descobrir que não vale a pena ter um monte de 'amigos' se eles não gostam de você do jeito que você é. Seja autêntico e achará quem lhe ama de verdade!
domingo, 13 de março de 2011
Partes de um coração
Não quero ouvi-la agora.
Preciso do silêncio
Para escutar o coração.
O outono vem trazendo
Suas folhas: murchas, secas.
Sai razão, sai razão.
Deixe-me sozinha às esmas.
Meu coração divide-se,
E subdivide-se em suas divisões.
O que escolher, o que fazer?
Escolher um, escolher milhões...
Minha vida pede mais:
Às vezes não há nada,
Às vezes há demais.
Quero algo, desejo algo!
O desespero bateu e não se foi.
Um carinho uma conversa...
Um amor, um simples "oi".
Antes era o quebra-cuca,
O esconde-esconde de corações.
Hoje é um sério enigma,
Veio cheio de abstrações.
Três lugares, três modos,
Três jeitos e canções.
Minha vida se entorpece,
Não sei tomar decisões.
Posso estar iludida,
Penso que vi, não vi nada.
Ainda talvez esteja sozinha,
Mas prefiro a confusão, prefiro continuar calada.
sexta-feira, 11 de março de 2011
La eterna ballerina - desahogos de una chica cansada
La vida con el pasar de los años, de los días y hasta de las horas hay ganado el mismo valor de un centavo. Ni eso muchas veces.
Moneda que ayer compraba dulces, valía algo, era usada.
Y hoy en día quien la tiene en manos posea de una gran suerte, pues ella fué olvidada de manera tan rápida que mal tuvimos tiempo para acompañar la decadencia.
Infelizmiente es bien así que la vida es tratada, como una antiquidad. Más o menos como eso. El valor se desapareció y las personas la empezaron a tratar 'suciamente'. Fueran olvidados todos los valores atribuyedos a ella y nadie más respecta como la devemos cuidar y como por su brevedad y importáncia deve ser valorada.
Los espiritus de la muerte están entre nosotros, sólo esperando la hora de poderen llevarnos para donde quieran.
Lo cuánto me asusta piensar que no aprovechamos derecho lo que puede (o no) ser nuestros últimos días en la tierra, por lo menos con nuestras actuales lembranzas y experiencias es algo increíble.
Aunque intente vivir siempre con la intensidad necesaria pero no cometiendo ningún atentado a lo que me es tan precioso, amedrentome con lo que las otras personas hacen arriesgando sus vidas sin cuesto-bieneficio ninguno.
Podríamos aprender con los chicos, que aún saben valorar sus vidas y lo que hacen es pura e naturalmente por instinto, no por masoquismo, imprudencia o lo que sea. Quiere saber? Si hubiesse dependido solamente de mi, todos ayer serían sus sueños de infancia y yo sería la eterna ballerina.
p.s.: dessa vez em português, PAIS, AVÓS, TIOS, PADRINHOS, SOBRINHOS, BISAVÓS ou APARENTADOS QUE SEJAM, NÃO DEIXEM SUAS CRIANÇAS DE MENOS DE NOVE ANOS DIRIGIREM SEUS CARROS!! ALIÁS, NÃO DEIXEM NEM COM DEZESSETE!! O que custa esperar a carteira?E SE O CARRO, MOTO, CAMINHÃO, AVIÃO, PORRA QUE SEJA, BATER, ESPERO QUE O ÚNICO FERIDO SEJA O IMBECIL IRRESPONSÁVEL QUE PROMOVEU TAL ATO, PORQUE MERECE!
pronto,desabafei.
terça-feira, 8 de março de 2011
Vaidade - A luxúria disfarçada
A maior arte
Falo de tudo quanto posso.
Conto vidas, solto flores,
Narro meus mil amores.
Não sei falar de outro jeito.
Me expressar, que quer que seja.
Só sei que hoje em dia nada pode
Quem sempre tudo deseja.
Não escrevo para bonito,
Contando verso, seguindo regra.
Escrevo porque gosto.
O que eu quero, meu lápis não nega.
Crio mil lugares,
Que geram mil vertentes.
Até brinco de Deus:
Apanho o lápis, crio gente.
Não sei falar falando.
O que eu quero nunca sai.
Mas quando estou escrevendo,
Minha mente sublima, vai.
E viaja pelo horizonte,
No lugar mais remoto.
Eu não invento: Eu crio, eu faço.
E, se não vou em sonhos, vou de moto.
Para contar tudo o que vi,
O que não vi e o que vou ver,
Conto até o que não existe.
Planto a semente, deixo crescer.
E a linda árvore de sonhos cresce,
Essa não morre mais.
Tendo um lápis em minhas mãos,
A poesia acabará jamais!
quarta-feira, 2 de março de 2011
Vou-me embora pra Groelomba
Lá sou cunhada do prefeito
Lá tenho a vida que eu quero
Do jeito que escolherei
Vou-me embora pra Groelomba
Vou-me embora pra Groelomba
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Quixote o Louco de Espanha
Marechal e veríssimo demente
Vem a ser contraparente
Do bisneto que nunca tive
E como não farei ginástica
Andarei de monociclo
Montarei em um flamingo
Subirei no Everest
Tomarei banhos de chocolate!
E quando estiver cansada
Deito em minha núvem de estimação
Mando chamar Uni, o unicórnio
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menina
Raros vinham me contar
Vou-me embora pra Groelomba
Em Groelomba tem tudo
É outra civilização
Tem amigos de verdade
Para compartilhar a diversão
Tem esquisitice automática
Tem alucinações à vontade
Tem os melhores livros
Que a gente imaginar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou cunhada do prefeito —
Terei a vida que eu quero
Do jeito que escolherei
Vou-me embora pra Groelomba.
Texto original em: http://www.releituras.com/mbandeira_pasargada.asp
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
O início ...de novo
Inúmeros adjetivos o resume.
"-Manhêê, não quero iiir; vem comigo!!"
Quem nunca disse essa frase ao menos uma vez na vida?
Pois é, ensino médio concluído, lágrimas derramadas pelo leite que não volta mais à vasilha, sentimento de falta e a real e insistente vontade de criar uma máquina do tempo (pena que já prometi não ser a primeira a utilizá-la... Após a confusão de um menininho do jardim B, que achou que eu era uma cientista, prometi que ele seria o primeiro a usufruí-la após concluída) e se transportar para épocas as quais as únicas incertezas eram quem seriam seus colegas, naquela infinidade de conhecidos da escola, e do lado de quem sentar no primeiro dia. Pois é, universo novo, gente desconhecida, veia do destino que eu mesma optei e começo a traçar.
Até agora tudo tranquilo, apesar da profunda TPT -tristeza-pós-traumática- de não ter passado na faculdade federal, mesmo com muito esforço e estudo, por causa da enorme concorrência.
Descubro: não há trotes para onde eu vou. COMO LIDAR? .--. Justamente o que estava me distraindo um pouco, ao me fazer pensar em como seria e como eu me divertiria comendo algo estremamente esquisito ou colorindo todo o meu corpo ou fazendo qualquer outra coisa de descontração que as universidades propõem.
Well, se não fosse o que eu amasse que estivesse fazendo (arquitetura), a infelicidade seria maior. E ainda maior, talvez, se não soubesse que caminho seguir na nova fase de escolhas unicamente pessoais. Sorte que eu sempre tive o apoio da família para fazer o que eu quisesse da vida, ainda quando eu teria que me mudar ao pensar em fazer biologia marinha, ou talvez não ter emprego, quando desejei ser bailarina clássica profissional ou artista plástica.
Enfim, a vida foi me guiando pelo rio que eu mesma traçei, e suas divisões, a cada escolha que eu faço, se estreitam mais. espero que esse caminho não precise ser voltado, que não esteje nadando contra a correnteza.
Boa sorte a todos que começarão suas aulas e aos que ainda não sabem o que querem!!
Besos.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Uma roseira em meu jardim
Do ruído venenoso do espinho da rosa
Ao roçar-se sob a pele lisa,
Abre-se a porta para o etéreo.
Sacrifico a ponta de meus dedos,
O poço de minha alma,
Mas me retribui com uma carícia.
O embriagado carinho de um ser inerte
Que jorra veneno de suas asperezas, hoje não.
Hoje, é apenas um toque
Do sulco da melancolia
Regado de toda a delicadeza
Que inebria a tarde menos receptiva
E é capaz de circundar
Dois universos em um.
Ó, delicado espinho, delirante espinho,
Por que não me tiraste a vida?
Entorpece os meus sentidos,
Vira anestesia,
Mas confunde num quintal com cheiro de canela.
Mesmo ao tentar livrar-se de mim,
Contrariando sua existência tortuosa,
Não esconderei meu coração.
E, quando estiver pronto, não exite:
Crave-no em cheio
Seu gume mais mortal.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Sentido da vida
Um a um.
Destampando os côcos
Quem sabe um dia
Um biscoitinho da sorte
Não me revela o segredo da vida?!
Seja a minha maçã.
A epifania de viver
E a alergia a morrer
Sem uma única razão.
Fumaça espessa
Que encobre o vidro,
Acabe com minha
Razão sem sentido.
Dissolva meu Einstein,
Traga-me a lisergia.
Não deixe minha vida
Ser só melancolia.
Acabe com a dor
Da busca da razão.
A vida não é só ciência,
É viver com emoção.
Sai sentido,
Raciocínio,
Deixe o cérebro,
Confusão,
Deixe o dia,
Deixe a vida
Viver só com o coração.
Peripécias de uma viagem
Saimos de carro um pouco sem direção na esperança de encontrá-las no meio daquele breu que envolvia o emaranhado de ruas e alamedas da praia. Em uma das esquinas, eis as duas: caminhando sem rumo, distraidamente como se estivessem passeando sob a luz do dia. Tão-somente vimos elas, paramos o carro e nem as ameaças as fizeram aceitar nossa carona. Após não termos êxito, lá se vai a Natália -posta para fora do carro nem tão espontâneamente ¬¬ - mode on Segurança-Guia atrás delas. Por causa da teimosia de ambas, não pude sequer fazê-las cogitar a possibilidade de conduzi-las o mais breve para casa e tive que então acompanhá-las pelas longas e mal-iluminadas ruas da praia às 21:00, seguindo-as por meia cidade pelo caminho errado enquanto elas não davam o braço à torçer e me seguiam. As únicas palavras que me dirigiam eram para me perguntar o que eu fazia ali:
"-Por que tu veio atrás da gente? Não vai mudar nada..."
"-Porque é perigoso, vocês não sabem o caminho e pra vocês não fugirem!"
"-A gente não vai fugir e sabe o caminho, mas tu não vai poder fazer nada se alguém vier nos sequestrar!"
"-Claro que vou. Ninguém vai ousar chegar perto de vocês porque eu sou a pessoa mais mal-incarada da cidade e já vão pensar que é um sequestro, haha." :V
"-Ahahahahaha claro! Mas e se mesmo assim alguém vier? HÃN?!"
"-Eu pulo em cima da pessoa e ela nunca mais vai conseguir se levantar."
Iri.
Depois de muita relutância, enfim pude guiá-las pelo caminho oposto o qual seguíamos e chegamos em casa sem mais danos além da longa caminhada. Eu, com um buraco no estômago, para o aconchego do meu croissant e elas, com o ar de "estamos certas", para o "aconchego" das repreensões e castigo. Bem feito!
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Insônia
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Poemeto
Uma gota de chuva,
Para nos transportar.
Quero minh'alma
Junto com a tua,
Para a solidão sanar.
O céu se tornará alado
Para mais que sempre estar,
Em tudo estar.
Pegaremos carona com ele
Para enfim, juntos,
Podermos ficar.
Mostrarei o sentimento
Antes de não mais poder revelar.
Sei que não correspondes,
Mas, juntos,
Até o mar podemos secar.
Proibido? Eu sei.
Platônico? Mais ainda.
Pero no te alejes de mi.
Ajude a cicatrizar
Esta amarga ferida.
O tempo finalizou.
E o que era mais fácil antes,
Agora dificultou.
Mas não pense que desistirei.
Enquanto houver um coração batendo,
Haverá o que você sabe...
Haverá o que eu sempre sonhei.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
As lembranças até se apagam. Os momentos, não.
Uma tarde que foi muito importante para mim... Há quase 4 anos.. Olhando a vitrine da loja de vestidos, noto que o estoque não sofreu muitas alterações. Quando entramos (não estava só), por insistência minha, vejo no meio dos cabides organizados os mesmos vestidos que outrora provei com as protagonistas de meus devaneios. Ainda estavam lá, intactos. A não ser pela ação do tempo, mas posso quase afirmar que estavam ainda no mesmo lugar que deixamos aquele dia.
Ao passar na praça de alimentação mil vezes, vejo que a lancheria da nossa marmita de batatas fechou, mas não me bateu uma frustração ou nostalgia, ppois que valeu foi o vivido, não inportando se o que proporcionou o momento está ou não mais lá. Em contrapartida, a Renner continua lá (capaz, né?!), no exato lugar. Essa sempre me faz abrir um sorriso: foi lá que os seguranças do shopping começaram a nos perseguir por causa do excesso de fotos tiradas "discretamente" nos provadores e, nas nossas mentes infantis, estávamos em uma grande aventura.
Bom, ainda existe também a loja da "peruca arrancada", o banheiro das mil fotos no espelho... Mas, o que continua existindo principalmente, é o meu sentimento por vocês, companheiras de evolução pessoal (até as piadinhas evoluiram, hm. sadijsadjisdajidasjioads).
O tempo pouco a pouco nos afastou, mas sei que não foi o bastante e nunca será. Nada é bastante para consumir o sentimento que eu tenho por vocês.
Uau, 3 anos me separam de um dia, talvez o único, onde não houve segredos ou brigas e onde tudo o que falávamos, por maiores bobagens que fossem, não era da boca para fora, era sincero. E esse momento está intrínseco nas velhas e limoentas paredes do PDB. E, quem diria que a vida colocaria pessoas tão diferentes para compartilhar uma amizade tão equisincera.
Nessa família de coração, a 'cabelo de mostarda provedora de balas' tornou-se a irmã mais nova, mas com mais vivência que as duas mais velhas juntas e a doida que quebrava a perna e escravizava as pessoas tornou-se uma das siamesas (a outra sou eu, a 'ninguém' que apareceu do nada como o durex que prendeu as três mosqueteiras enquanto pode), compartilhadora dos segredos e da mancha de nascença.
Mas o melhor de tudo é saber que, mesmo sob os efeitos do tempo, sempre que eu precisar de um ombro para chorar, vou ter 4 sequinhos e pulidos à minha disposição, assim como para elas ofereço igualmente os meus.
Vanessa e Ingrid eu amo muito vocês!
domingo, 16 de janeiro de 2011
Passando o tempo...
Assim que estiver pronto, vou por em algum site de downloads e disponibilizar na rede :D, mas vão sentindo o gostinho por enquanto.
APTO. 10 - VOCÊ NUNCA SABE QUANDO PODERÁ SAIR
É a história de Hellen, corretora de seguros, que tem sua vida mudada após entrar em um apartamento (10), o qual tem que fazer uma avaliação para venda para não perder seu emprego, já a um fio. No desenrolar acontecem várias coisas; espero que fique bom!
Beeeijos, Nata.
sábado, 15 de janeiro de 2011
Deixem-me
São de desilusão,
São de medo.
O mundo dorme
Enquanto os bem-aventurados vivem.
Esses olhares...
Ah não aguento mais encará-los!
Enfrentá-los!
Preciso dizer-lhes,
Preciso pedir-lhes
Que não interrompam mais meus sonhos.
Pois bem-aventurada sou eu,
Que não saio das cobebrtas sem um final feliz.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Cada cabeça em seu lugar
"Cortem-lhe a cabeça! Cortem-lhe a cabeça!" Haha, adoro essa frase... Aliás a adaptação dela é fato marcante do filme Alice no país das maravilhas, que aliás é um lixo que, por inserir tantos "frufrus", acabou desmagnetizando toda a real fantasia da história. Assistam Alice, fikdik.
Tá, acabei fugindo do assunto... :P Que obcessão é essa tão antiga por ver as pessoas morrendo pela cabeça? Já desde a antiguidade bolaram um nó especificamente para a forca, aí com a invenção das alavancas veio a guilhotina e por aí a festa se fez: Tiradentes, Saddam Hussein (tá), Maria Antonieta... Enfim!
Mas... Na real o que aconteceria se trocássemos as cabeças de vários animais, inclusive de uns aos utros? :D Uau, híbridos ficcionários!! *0* Biologiiia? Se és tããão avançada, porque não fez isso ainda? É, avançada uma ova! Mundo cheio de doenças sem cura, e se respondem o porquê de alguma falha ou debilidade no ramo científico de hoje em dia só sabem se justificar dizendo que a ética os impediu de fazer algo. "-Ai, essas pessoas morreram porque a 'ética' não nos permitiu usar algo para descobrir a cura e blábláblá..." AI QUE RIDÍCULO! Se falam isso pra mim eu perco o controle dos sentidos racionais -Q. Tantos ratinhos, macacos... Inocentes testados por debaixo dos panos, gente morta por "curas experimentais"... Pelas mesmas pessoas que se dizem tão éticas e não têm capacidade de escancarar seus atos, aff! E ainda por cima a imprensa abafa a maioria dos casos que vazam, para "proteger os pobrezinhos dos cientistas", que ainda aparecem de bbonzinhos no fim falando de ética, FAÇAM-ME O FAVOR!!
Sou maos é uma tartaruga alada com cabeça de bode e ponto-final.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Apresentação tardia G.G
Beijoos, Nata.
Já aos oito anos...
Eis meu primeiro poema (não riam) -Q
ALGUÉM
Existe gente, toda gente,
Existe gente como eu?
Eu vou andando pelas ruas,
À procura de alguém.
Eu vou voando pelo céu,
Em busca de um reino de mel.
Eu vou subindo as montanhas...
Sem saber.
Então eu me pergunto,
Existe gente como eu?